Caminha com a cesta sem pensar
Tem um caso com o corrimão
O outro dorme
Abandona os vegetais
Angula-se
com o poste
Triangula
Com o copo do licor
A sombra do chapéu
O-pressiona
Contra o nariz
No brotar da neve
Todos riem
O show do piano
Galinhas ciscam
A fonte que corre
A linha do horizonte
Entedia
Os abutres
Do seu olhar oceânico
O giro da agulha
Cerzindo
O céu em botões
À espera das ondulações
O náufrago
Agarra um pedaço de madeira
Os punhos atados
O sapato
Num pé só
E o dedo no jornal
Anunciam a fuga
A cópia queimada
As roupas esfarrapadas
E as mãos dançando
No tecido
Ela
Redesenha o colarinho sem pezar
Faz pouco caso do limão
O outro insone
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