domingo, 24 de março de 2019

Puzzle (ou nossos corpos)

Cada peça é Pra caber e encaixar Precisamente uma na outra Vem assim de Fábrica É só estudar as formas Às vezes elas simplesmente se colam Numa supresa cálida Onde a gente se afunda Tudo já está ali Parece q já é Assim... como estar em casa como estar inteiro Ou sim ou não ou sei lá Que de tão tão bom até confunde Tens de mim cada parte e ponto Decorado Do onde ao como E Desde sempre Mesmo sem saberes Ou sem sabermos Como com ninguém mais Em voltas e mais voltas Libidinosas e suspirantes Lambidas mútuas Dançam na comunhão dos nossos Céus Nos nossos tenros lábios colados Incessantes Infinitos, delirantes completos um no outro Ardentes quando juntos Quente e gostoso Deslizando- nos Desvendamos Mistérios mútuos De nossas carnes De outras tantas camadas Superfícies Ou profundezas De nós Âmago Dos nossos corações abertos De tristezas doces De vinganças infames De amor Quando Sorvo o gosto dos teus poros Até impregnar-me de ti No 2o banho de 3 Ou No instante em que Bebo até o fim Cada gota desse não sei Que me arrepia Sempre que me ajoelho diante de ti E t adoro Ou Se és tu Assim Me fazes escorrer Em rios de delícias Q deságuam Pelos teus dedos, papilas e tudo mais Não importa Me tens Como sempre quiseste Como sempre tiveste Sem saberes Ou Sem sabermos O Mais que perfeito Pretérito De todos q já tivemos Em cada beijo Ou trepada Ou conversa Ou abraço banhado em lágrimas Em Cada noite ou em cada dia Passados Estranhamente presentes Em cada ciclo de respiração Da existência De encontros que a gente nunca esquece De Futuros em que Éramos tudo De pretéritos imperfeitos do subjuntivo
Em que se fôssemos
Seríamos Futuros do pretérito Num presente do indicativo Em que Eu sem ti Sou Sem sentido