Cada peça é
Pra caber e encaixar
Precisamente uma na outra
Vem assim de Fábrica
É só estudar as formas
Às vezes elas simplesmente
se colam
Numa supresa cálida
Onde a gente se afunda
Tudo já está ali
Parece q já é
Assim... como estar em casa
como estar inteiro
Ou sim ou não ou sei lá
Que de tão tão bom até confunde
Tens de mim
cada parte e ponto
Decorado
Do onde ao como
E Desde sempre
Mesmo sem saberes
Ou sem sabermos
Como com ninguém mais
Em voltas e mais
voltas
Libidinosas e suspirantes
Lambidas mútuas
Dançam
na comunhão dos nossos Céus
Nos nossos tenros lábios colados
Incessantes
Infinitos, delirantes
completos um no outro
Ardentes quando juntos
Quente e gostoso
Deslizando- nos
Desvendamos
Mistérios mútuos
De nossas carnes
De outras tantas camadas
Superfícies
Ou profundezas
De nós
Âmago
Dos nossos corações
abertos
De tristezas doces
De vinganças infames
De amor
Quando
Sorvo o gosto dos teus poros
Até impregnar-me de ti
No 2o banho de 3
Ou No instante em que
Bebo até o fim
Cada gota desse não sei
Que me arrepia
Sempre que me ajoelho
diante de ti
E t adoro
Ou Se és tu
Assim
Me fazes escorrer
Em rios de delícias
Q deságuam
Pelos teus dedos, papilas e tudo mais
Não importa
Me tens
Como sempre quiseste
Como sempre tiveste
Sem saberes
Ou Sem sabermos
O Mais que perfeito
Pretérito
De todos q já tivemos
Em cada beijo
Ou trepada
Ou conversa
Ou abraço banhado em lágrimas
Em Cada noite
ou em cada dia
Passados
Estranhamente presentes
Em cada ciclo de respiração
Da existência
De encontros que a gente nunca esquece
De Futuros em que
Éramos tudo
De pretéritos imperfeitos do subjuntivo
Em que se fôssemos
Seríamos
Futuros do pretérito
Num presente do indicativo
Em que Eu sem ti
Sou
Sem sentido
domingo, 24 de março de 2019
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